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O (Meu) Melhor de 2011: 1º Lugar

sábado, 31 de dezembro de 2011


Let England Shake, PJ Harvey

Descalçou os stilettos, despiu o vestido curto, limpou o baton. Desfez-se da imagem de mulher-rock, crua e sexual, acutilante e ameaçadora.

Em 2011, o espanto tomou conta de nós: PJ Harvey emergia, transfigurada em pássaro negro, sobrevoando a Inglaterra e o passado dos homens, observando a morte e a destruição. O apocalipse não será anunciado: está escrito na nossa História, acompanha-nos desde sempre. Será esta a grande mensagem de Let England Shake, para muitos (eu incluído) considerado a grande obra-prima de PJ Harvey e o melhor álbum de 2011.

Assim como Marvin Gaye se transcendeu em What's Going On, PJ Harvey fê-lo neste empreendimento: uma meditação sobre a história e a guerra, o patriotismo e a desilusão. Sobre a humanidade. Encheu-se de coragem e enfrentou uma matéria densa, tão densa como o sangue derramado em All and Everyone ou os corpos desmembrados em The Words That Maketh Murder. Mas dela fez poesia, tão bela como nunca antes tinha feito. Dela fez música, a mais inspiradora e madura que alguma vez produziu. E renovou, em cada um de nós, a fé na criatividade humana.

Costumo pensar que já não se fazem álbuns que ultrapassam o seu tempo e ficam guardados na memória colectiva. Quero acreditar que Let England Shake é uma magnífica excepção.

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O (Meu) Melhor de 2011: 2º Lugar


James Blake, James Blake

São os sinais dos tempos: se há cinco décadas atrás, revoluções no mundo da música aconteciam ao ritmo de um punhado de anos, hoje acontecem ao minuto. A proeza, portanto, não estará na manobra revolucionária em si, mas na sua capacidade de deter - nem que por breves instantes - um mundo com déficit de atenção.

Foi isso que James Blake conseguiu fazer em 2011. Não que o seu álbum de estreia homónimo seja pioneiro de um novo estilo de criar canções, por mais que possa parecê-lo. Verdade seja dita, James Blake caminha num trilho desbravado há já uma década, na cena UK Garage do sul de Londres. Por essa altura, na linhagem do house, do drum'n'bass e do dub, nascia uma nova entidade sonora, mais texturada, melancólica e soturna: o dubstep.

O que fez de James Blake, então, um dos álbuns mais aclamados deste ano, a ponto de ser considerado "o som de 2011"?

No meu entender, terá sido a transmutação alquímica que este jovem, com então 22 anos, conseguiu operar, no refúgio da sua casa («All tracks written, performed, produced and recorded at Home»). Pois a partir dos espaços soturnos do dubstep, Blake conseguiu aceder ao espaço mais humano de todos: o da alma. Com as suas mãos, desconstruiu estruturas rítmicas, isolou elementos, separou átomos, chegou ao núcleo do amor, da solidão, do desencanto e da auto-punição. Regressou à superfície e ligou os pedaços com batidas orgânicas, ecos, loops, vocoders, um piano, a emoção antiga da soul, uma voz crua e verdadeira. Deu-lhe sangue e uma respiração irregular, tão irregular quanto as nossas emoções.

Com este álbum - ou antes, com esta manobra revolucionária - fizemos a nossa própria catarse. Blake, ao mesmo tempo, conseguiu vencer o déficit de atenção do mundo, agarrar-lhe na cabeça, olhá-lo nos olhos e dizer-lhe "Pára. Escuta. E sente". Nem que por breves instantes.

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O (Meu) Melhor de 2011: 3º Lugar


Arabian Horse, GusGus

Estou-me nas tintas se foi ignorado nas listas dos "Melhores de 2011". Talvez porque a música de dança continue a ser assunto para minorias especializadas, à margem de uma maioria (demasiado) entregue ao feitiço do "indie" e do "alternativo".

Pois com as guitarras e os revivalismos que protagonizaram o capítulo 11 do novo milénio, houve casos muito especiais a acontecer em paralelo. Um deles foi o regresso dos GusGus, conterrâneos de Björk e veteranos na cena house/electrónica.

Respeitados como "parceiros no crime" que originou a explosão do trip hop, nos meados de 90 (assinaram o emblemático Polydistortion, em 1997), os GusGus foram direccionando o seu leme, nos anos que se seguiram, para uma techno mais aguçada, dir-se-ia mesmo difícil - quantos antigos fãs não terão pensado "pronto, perderam-se...".

Pareciam estar votados ao esquecimento, quando em Maio de 2011 aconteceu o inesperado. Com um título sedutor e uma capa de execução invejável, o oitavo álbum de estúdio do colectivo parecia anunciar que, desta vez, o caso era sério. Gravado numa cottage perdida na beleza silenciosa das paisagens islandesas, Arabian Horse assinala um verdadeiro salto quântico na carreira dos GusGus: embora seguindo a linha tech-house dos últimos trabalhos, atinge um grau de maturidade e coerência sem precedentes, no seu percurso de 15 anos.

Aqui, o pulsar da dança e as atmosferas electrónicas convivem com uma qualidade lírica surpreendente, ampliada pelas performances carismáticas de Urður Hákonardóttir, Högni Elisson e David Thor Jonsson, em texturas vocais que invocam as frequências da soul e da pop.

São partes que, somadas entre si, revelam alguns dos momentos mais arrebatadores e épicos que o (agora) quinteto islandês já conseguiu. Pelo galope do caválo árabe, somos levados numa travessia pelo deserto (quem sabe, o tal limbo em que os GusGus se encontravam) e atingidos por uma tempestade de intensa criatividade e sofisticação.

Uma das mais marcantes de 2011. Sem guitarras nem revivalismos.

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Mesa de Mistura | Emissão 23

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cai a noite, ergue-se o Solstício.
Ergue-se a Música.




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Videoclip: When I Grow Up

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Em 2009, Karin Dreijer Andersson fazia uma pausa no trajecto dos The Knife e lançava-se num projecto a solo, sob o pseudónimo Fever Ray.

O álbum de estreia homónimo abria as portas para um mundo oculto, feito de electrónicas sombrias, vozes distorcidas e imagens inquietantes. O videoclip que acompanha o segundo single é uma hábil extensão desse universo.

Em When I Grow Up, observamos o passo lento e arrepiante de uma rapariga-zombie, sobre as águas estagnadas de uma piscina. A narrativa culmina num momento sobrenatural e hipnótico, tão fascinante como poucos têm sido neste domínio, em tempos recentes.

Realizado por Martin de Thurah, conhecido também por filmar a música de James Blake, When I Grow Up foi considerado o terceiro dos 20 melhores videos de 2009, segundo a revista Spin.

Quanto a mim... dêem-me música (e respectivas imagens) com criaturas estranhas, que eu bato palmas de contente.

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50 Words For Snow (Kate Bush, 2011)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


É sempre um acto solene, o de escutar um novo álbum de uma figura tão mítica. Não só por estarmos diante da Grande Sacerdotisa do art rock e uma das intérpretes britânicas mais marcantes dos últimos 30 anos, definidora de uma nova experiência sonora no feminino - abrindo caminho para a linhagem prosseguida por Tori Amos, Bat For Lashes ou Joanna Newsom. Mas também porque Kate Bush, afastada da órbita musical desde os anos 90, só voltou a manifestar a sua arte ao fim de 12 anos (com Aerial, em 2005), regressando ao silêncio desde então.

Eis que o espírito distante ressurge novamente, com a névoa de Novembro, para nos contar sete histórias de Inverno, no novíssimo 50 Words For Snow.

Tudo começa com um floco de neve a cair. É o seu próprio filho que, no primeiro conto, personifica a leveza, a lenta aproximação ao mundo cá em baixo. "The world is so loud / keep falling / I'll find you", responde Kate, uma mão maternal estendida no ar, a outra perpetuando uma sequência minimal e hipnotizante de piano.

Em Lake Tahoe, a voz revela-se, sólida e madura (tão longe do registo que a notabilizou em Wuthering Heights), para dar corpo ao fantasma da mulher que habita o lago onde morreu afogada, à procura do seu cão. Um reencontro com a Kate Bush primordial, bela e fantasmagórica, prolongado em Misty, o conto seguinte. Não sabemos se o seu encontro amoroso/sobrenatural com um boneco de neve é sonho ou realidade, mas sentimos a paixão, a ardência, o abandono, a angústia. Piano, baixo, voz e violinos entretecem-se numa viagem envolvente de 13 minutos, pondo a descoberto a sensualidade que sempre permeou a expressão da intérprete.

Wild Man é magnífico e cinemático: uma travessia no gelo do Tibete, um grupo de exploradores, o apelo da narradora à abominável criatura perseguida ("Run away, run away"), por quem sente compaixão ("You sound lonely").

Na história seguinte, Elton John junta-se para um dueto, cantando um amor que desafia os limites do tempo, num anseio de imortalidade. Duas interpretações sinceras que precedem o exercício experimental da faixa-título, onde as 50 formas de designar a neve se desdobram sobre a cadência ácida do baixo, da bateria e da guitarra.

Por fim, a graciosidade: em Among Angels, a voz e o piano de Kate são sublimados por arranjos orquestrais. Um sinal de conforto ("I might know what you mean when you say you fall apart") e uma promessa ("I can see angels standing around you") aquecem o coração, no final desta travessia.

50 Words For Snow é um álbum atmosférico, contemplativo, cuja beleza se deixa descobrir a cada audição. Gélido, mas com a mesma dimensão emocional de sempre. A neve vai derretendo, até que o espírito distante se retira, por fim.

Confortados com a visita, esperamos pela próxima aparição de Kate Bush, com a mesma solenidade e reverência.

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Mesa de Mistura | Emissão 22

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


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Videoclip: I've Got You Under My Skin

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Passaram duas décadas desde que Jean-Baptiste Mondino realizou o brilhante vídeo para a não menos brilhante reinvenção do clássico de Cole Porter, I've Got You Under My Skin, interpretado por Neneh Cherry.

No Dia Mundial de Luta Contra a Sida, recordo aqui um dos manifestos artísticos mais poderosos desta causa. O som, a palavra e a imagem falam por si.


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O mítico Hot Clube está de volta

segunda-feira, 28 de novembro de 2011


O Hot Clube de Portugal (HCP) reabrirá as suas portas a 21 de Dezembro, com espaço renovado na Praça da Alegria, dois anos depois de ter sido destruído por um incêndio. O novo Hot Clube ficará instalado num edifício vizinho, nos números 47 a 49.

Segundo a presidente do conselho director, Inês Cunha, a reabertura será assinalada com três dias de concertos, a decorrer entre 21 e 23 de Dezembro, todos de entrada gratuita.

Estão previstas actuações "só com formações do Hot Clube" - entre as quais a histórica formação do Quarteto do Hot Clube e a Big Band do HCP - assim como jam sessions com alunos da escola do clube.

O Hot Clube de Portugal foi fundado em 1948 e é o mais antigo clube de jazz em Portugal. Casa mítica da noite lisboeta, funcionava na cave do número 39, na Praça da Alegria. A 22 de Dezembro de 2009 foi destruído por um incêndio, que danificou parte do espólio e obrigou ao cancelamento de toda a programação.

Dois anos depois, volta a trazer os sons vivos do Jazz à cidade.

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Medúlla (Björk, 2004)


É uma das memórias musicais mais fortes da minha vida em Londres - associo este álbum ao frio da cidade e à procura de um espaço interior para a catarse. Hoje, é um dos meus álbuns favoritos de sempre. Peguei nele para um exercício de crítica, no âmbito do curso que estou a tirar. Aqui vai:

Um dos nomes mais inventivos e versáteis no mainstream pós-90, ela já foi house e techno, punk e rock alternativo, jazz e electrónica, folk e até música de câmara.

A meio do percurso, Björk deixou que o impulso experimentalista a levasse ainda mais longe: despiu-se de géneros, abdicou de intrumentos e maquinarias e fez da voz a matéria-prima, para criar um dos álbuns mais desafiadores e sublimes da sua carreira. Editado em 2004, Medúlla é mais que um conjunto de canções a cappella; é um exercício fascinante de construções sonoras, feitas a partir do instrumento supremo.

O ponto de partida terá sido o antecessor Vespertine (2001), que marcou a viragem para um estado menos expansivo e dançável, mais introspectivo e orgânico. Medúlla representa o culminar dessa rota, o encontro com a matéria primordial, com "um espírito antigo, um espírito que sobrevive". É um álbum sombrio (tenebroso até, em Where Is The Line) e visceral (surpreendem, os sons guturais e quase animalescos de Ancestors), mas também político (I need a shelter to build an altar away / From all Osamas and Bushes, canta ela em "Mouth's Cradle"), profundamente poético (Oceania, um dos momentos mais altos) e celebratório (o tom final, em Triumph of a Heart).

Produzido por Björk e Mark Bell, Medúlla conta com os intrumentos vocais de Mark Patton e Robert Wyatt, o beatboxing de Rahzel, Shlomo e Dokaka, os arranjos corais do The Icelandic Choir e os cânticos guturais inuítes de Tanya Tagaq. Várias camadas que se cruzam e são ancoradas pela voz, em si mesma tão peculiar, de Björk Gudmundsdóttir.

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Há 30 anos, rufou um tambor no mundo do pop-rock português

sexta-feira, 25 de novembro de 2011


‎25 de Novembro de 1981

Os Heróis do Mar estreiam-se no palco do Rock Rendez-Vous. Pela primeira vez, a recém-inaugurada sala do antigo cinema Universal, na Rua da Beneficiência, conhece lotação esgotada.

«Mais do que um concerto, era um espectáculo musical de Ficção e Realidade. As suas actuações eram performances irrepetíveis. Fashion-Manifestos. A herança das intervenções bombásticas do Almada Negreiros. Um filme de aventuras ao vivo.
Era o 25 de Abril do Rock Português.»

Edgar Pêra, Heróis do Mar, Colecção BD Pop+Rock Português

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Em contagem decrescente para...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

... John Maus. Hoje às 22:00, na ZDB.

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Dois grandes lançamentos, um grande dia

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Heróis do Mar, Heróis Do Mar 1981/1989
(caixa com a obra integral)

Kate Bush, 50 Words For Snow


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O novo significado do vinil

domingo, 20 de novembro de 2011

Nunca me vou esquecer do ano em que tive "a idade de Cristo". Parece mentira, mas foi mesmo um ano de "morte e ressurreição".

Na passada 2ª feira, ao chegar aos 34, tive um aniversário verdadeiramente simbólico. Amigos e colegas de trabalho (e eu próprio, que gosto do conceito de auto-prenda) presentearam-me com um material precioso: o vinil. Mais do que simples plástico e para além de música e história, o vinil, para mim, representa o encontro com o Eu, o caminho, a Grande Roda em movimento. Significados que só aos 33 foram despertados.

É tão certo como estarmos aqui: há um ano atrás, eu não teria tido presentes destes.
Garanto-vos.






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Belisquem-me, por favor!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Acabo de saber pelo Facebook que a EMI Portugal vai lançar, já na próxima 2ª feira (21 de Novembro), uma caixa com... TODA a discografia dos Heróis do Mar!!!

Segundo informação divulgada no Palco Principal, este lançamento serve para comemorar o 30º aniversário da estreia dos Heróis do Mar no palco do Rock Rendez-Vous.

Em comunicado, a EMI anuncia que «da primeira à última gravação, todas as músicas publicadas pelos Heróis do Mar estão presentes nesta caixa, que prova a importância da banda num dos períodos mais interessantes da história da música feita em Portugal».

Juntamente com os cinco CDs (quatro para os álbuns de originais e um quinto que reunirá os singles), a caixa Heróis do Mar: 1981/1989 incluirá também um DVD com videoclips e diversas actuações do grupo nos estúdios da RTP.

No momento em que escrevo isto, só consigo elaborar o seguinte pensamento:

Belisquem-me, por favor!

Eis o conteúdo da caixa:

CD 1
Heróis do Mar (LP, Polygram, 1981)

CD 2
Mãe (LP, Polygram, 1983)

CD 3
Macau (LP, EMI, 1986)

CD 4
Heróis do Mar IV (LP, EMI, 1988)

CD 5
Singles 1982 - 1987

DVD
Vídeos 1981 / 1989
1. Saudade (Actuação no programa “Eleições 82”)
2. Brava Dança dos Heróis (Actuação no programa “Passeio dos Alegres”)
3. Amor (Videoclip)
4. Cachopa (Videoclip)
5. Paixão (Videoclip)
6. Só Gosto de Ti (Actuação no programa de fim de ano 84/85)
7. Supersticioso (Videoclip)
8. Alegria (Actuação no programa “Presidenciais 1986“)
9. A Glória do Mundo (Actuação no programa “Presidenciais 1986“)
10. Fado (Actuação no programa “Vivámusica”)
11. O Inventor (Videoclip)
12. Eu Quero (Actuação no programa “Vivámusica”)
13. Café (Actuação no programa “Haja Música”)
14. Galeria de imagens

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Mesa de Mistura | Emissão 21

quarta-feira, 9 de novembro de 2011



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John Maus: O Filho da Synth Pop e a Nova Melancolia

terça-feira, 8 de novembro de 2011

«Ouve John Maus... acho que vais gostar», disse-me o meu novo colega de curso, após as primeiras impressões que começámos a trocar sobre música. Já em casa, bastou ouvir 1 minuto para me sentir imediatamente rendido e perceber que, à minha constelação musical privada, acabava de se juntar uma nova entidade.

A primeira impressão foi a de estar a ouvir Ian Curtis a sair pelas cordas vocais daquele (ainda) estranho e desconhecido personagem, ladeado por uma sinfonia intensa de sintetizadores, tudo aquilo a resultar num som cru, analógico, incrivelmente familiar - eu tinha apenas 3, 4 anos quando a synth pop reinava, na alvorada dos 80.

Embora nostálgico, o som cativou-me, pela forma inteligente como se posiciona na alvorada dos 10. Soa a vintage, mas é brilhante na sua contemporaneidade.

Logo tive de encontrar resposta à pergunta...
Quem é John Maus?


Fiquei a saber que, a par dos estudos em Filosofia e de um doutoramento em Ciência Política, interessou-se por música experimental e performance art, nos tempos de estudante universitário.

Acima de tudo, descobri que nasceu em 1980 (em Austin, Minnesota), o que faz todo o sentido: a synth pop tinha acabado de nascer, também.

Quem sabe, não será essa a explicação para a energia que permeia a música que compõe: melancólica e estilizada, soturna mas com ligeiros pantones pop.

Nada melhor que ler o que diz a própria editora de Maus, Upset The Rhythm:

Born in the decade of synth pop and sharing his birthday with George Frideric Handel, John started making music when Nirvana posters went up on every teenager's wall. It's this curious conflux of influences that partially helps to describe John's music. It's a world where the Germs jam with Jerry Goldsmith, Cabaret Voltaire relocate to Eternia and Josquin des Prez writes a new score for RoboCop. The confrontation of punk, the fleeting poignancy of 80s movie soundtracks, the insistent pulse of Moroder and the spirituality of Medieval and Baroque music all find salvation in John Maus.

Não é de admirar, portanto, uma rendição tão instantânea.


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Mesa de Mistura | Emissão 20

segunda-feira, 31 de outubro de 2011



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Róisín on canvas

sábado, 22 de outubro de 2011

Se queremos música, carregamos no play. Se queremos arte contemporânea, vamos a uma exposição. Mas em 2005 deu-se um interessante - e raro - casamento entre duas linguagens tão distintas como a música electrónica e a pintura, nas capas dos três EPs que assinalaram a estreia de Róisín Murphy a solo.

A ex-Moloko pôs de lado ferramentas como a fotografia ou o design gráfico, tão comuns nestas lides sonoras, e pegou numa das disciplinas visuais mais antigas de sempre, a Pintura a Óleo, para ilustrar a modernidade da nova música que então fazia.

Dizem os relatos que Róisín conheceu o artista plástico Simon Henwood num pub. Henwood, então conhecido pela série de retratos a teenagers Kids Portraits, achou que a ex-vocalista dos Moloko seria um objecto interessante para uma pintura. Na semana seguinte, Henwood deslocou-se à casa de Róisín e, enquanto percorriam o seu guarda-roupa, decidiu vesti-la de lantejoulas. Murphy colocou-se em poses abstractas e acabou por desenvolver uma personagem que o pintor descreveria como "uma diva disco electro pop com um look anos 40".

As obras hiper-realistas que dali resultaram deram origem a uma exposição no The Hospital Club, em Londres, e foram escolhidas para a capa das três edições limitadas (apenas em vinil) do EP intitulado, justamente, Sequins.

Um casamento que se revelou feliz, não só pela qualidade das obras - que viriam a ilustrar também o primeiro album a solo de Róisín, Ruby Blue - como na vida dos dois artistas: actualmente, Róisín Murphy e Simon Henwood estão numa relação e são pais de uma menina de 2 anos.


Sequins #1 (EP, 2005)



Sequins #2 (EP, 2005)



Sequins #3 (EP, 2005)



Ruby Blue (album, 2005)



Sow Into You (single, 2005)



If We're In Love (single, 2005)

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Mesa de Mistura | Emissão 19

quinta-feira, 13 de outubro de 2011




Luomo - Visitor
Dani Siciliano - Slappers
Róisín Murphy - Ruby Blue
Kelley Polar - Ashamed of Myself
NuFrequency ft. Shara Nelson – Go That Deep (Charles Webster Remix)
7 Samurai - The African
Morgan Geist - Detroit
Junior Boys - Bits and Pieces
Giorgio Moroder - First Hand Experience in Second Hand Love
Tosca - Heidi Bruehl (Plant Life's Love Philosophy Remix)
Spacek - Inside
Tricky - Overcome
Luomo - Tessio

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O primeiro disco de Rock Psicadélico em Portugal

domingo, 2 de outubro de 2011



«Depois da pobreza da caótica fase primária em que predominavam as "violas eléctricas", está neste momento a verificar-se uma evolução positiva, com instrumental mais variado (órgão, saxofone, etc) e maior apuramento técnico (melódico, harmónico e rítmico). (...) Essa evolução também se está a verificar entre nós.»

Escrevia assim Luiz Villas-Boas, fundador do Hot Clube de Portugal, na contracapa de Let Me Live My Life, primeiro e único disco dos Jets.

Porquê falar deste EP, editado em 1967 por uma banda de Lisboa que, no ano seguinte, viria a desaparecer? A resposta é simples: este é considerado o primeiro disco de rock psicadélico feito em Portugal.

As palavras de Luiz Villas-Boas iam, portanto, para além da contextualização; anunciavam a viragem que os Jets - «4 jovens universitários e 1 músico» - provocaram na música rock, feita em terras lusas.

Uma das grandes inovações foi o uso do órgão, responsável por uma sonoridade fuzz que não se ouvia em Portugal e que em muito se aproximava de um novo estilo que, três anos antes, emergiu nos EUA e na Grã-Bretanha.

Outra grande marca deixada por Let Me Live My Life está na capa: assinada por Carlos Fernandes, foi a primeira no repertório do pop-rock português a apresentar um grafismo próprio da estética psicadélica.

Os primeiros sinais do psicadelismo em Portugal iam para além do disco per si: os Jets tocavam «a 15 mil escudos por actuação, ao câmbio da época, fora a dormida, alimentação e casa, durante as loucas - porque sexuais - digressões estivais, meridionais, coloridas e extravagantes, com inglesas em desaforos sensoriais», recorda o baterista e líder dos Jets, João Alves da Costa. A banda tinha, até, duas «mentoras sexuais», Liz e Frankie, «introdutoras de afrodisíacos spanish fly, na vivência criativa musical e erótica».

Os Jets eram formados por Ricardo Levy (guitarra ritmo), Júlio Gomes (guitarra solo), Mário Augusto (baixo), João Vidal de Abreu (órgão) e João Alves da Costa (bateria). Criada em 1964, a banda iniciou o seu percurso no movimento Yé Yé, tendo participado no Grande Concurso Yé Yé, que nos anos 60 levou muitas bandas ao Teatro Monumental.

Três anos depois da sua formação, gravaram o seu primeiro EP, fazendo adivinhar um novo rumo na música que faziam. Uma história que ficaria por contar: no ano seguinte, a banda acabou por desfazer-se, devido ao serviço militar. A marca, contudo, ficou.


Fontes:
Nova Vaga, O Rock em Portugal (1955-1974), Edgar Raposo e Luís Futre, ed. Museu Municipal do Montijo, 2008.
Recordando... Os Jets, Aristides Duarte, Jornal Nova Guarda, 2009.


Let Me Live My Life pode ser ouvido na emissão 18 do Mesa de Mistura.

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Mesa de Mistura | Emissão 18

quarta-feira, 28 de setembro de 2011







Björk - The Pleasure Is All Mine
Radiohead - Everything in Its Right Place
Air - Run
Depeche Mode - Freelove
Zero 7 - Over Our Heads
MGMT - Weekend Wars
The Beatles - Blue Jay Way
The Jimi Hendrix Experience - Are You Experienced
Jets - Let Me Live My Life
Quarteto 1111 - Génese
The Doors - Riders On The Storm
4hero - Star Chasers
Nuyorican Soul with Jocelyn Brown - I Am The Black Gold Of The Sun
Nuyorican Soul with Jocelyn Brown - It's Alright, I Feel It!

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«O Álbum Que Mudou Tudo»

terça-feira, 27 de setembro de 2011

É assim que a SPIN define Nevermind.

Na edição de Agosto último, a revista norte-americana recolheu depoimentos, analisou impactos e dedicou um especial de 25 páginas ao álbum que «proclamou uma mudança cultural».

Quem não apanhou a edição impressa pode mergulhar no universo de Nevermind em spin.com.

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Nevermind: 20 anos


Spencer Elden em 2008, com 17 anos. Em Fevereiro deste ano completou o seu 20º aniversário. Sete meses depois, é a vez do álbum para cuja mítica capa foi fotografado. Nevermind, o segundo dos Nirvana, saiu para a rua a 24 de Setembro de 1991.

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Lena D'Água: se Maomé não vai à montanha...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

É mais que sabido, mas não me canso de aplaudir a progressiva derrota de um paradigma que permeava o mundo da música, graças à internet. Com efeito, vamos deixando de estar subjugados à vontade das editoras (e do princípio que as rege: o lucro) para ter acesso à música. Há ainda inúmeras excepções, mas têm sido muitos os títulos que, embora totalmente indisponíveis no mercado, estão milagrosamente acessíveis na rede global.

Não são apenas os "piratas" (eu diria antes "benfeitores", isto é paixão pela música) que proporcionam este acesso; são também os próprios artistas que, cansados de esperar por decisões da indústria, accionam o curto-circuito e criam uma ligação directa com quem realmente importa: o seu público.

Foi o que aconteceu no passado mês de Julho, com um dos grandes ícones femininos do pop-rock português da década de 80. Num gesto surpreendente, Lena D'Água disponibilizou quase todo o seu espólio discográfico para download, no seu blogue.

No post intitulado Os Meus Discos (1979-2007), a cantora faz uma retrospectiva de toda a sua discografia, desde o single que assinalou a sua estreia em 1979, até ao registo ao vivo no Hot Clube de Portugal, Sempre (2007). Encontramos as capas e contracapas dos diversos álbuns e singles, alguns relatos em discurso directo e várias faixas disponíveis para download - álbuns quase inteiros, como Lusitânia (1984), Tu Aqui (1989) ou o raríssimo Sem Açúcar, disco de estreia dos Salada de Frutas, editado em 1980 pela Rossil e que nunca conheceu edição em CD. A qualidade de alguns ficheiros não será a melhor (copiada directamente do vinil), mas é certamente o melhor que se pode ter.

Com este tão louvável gesto de generosidade e desprendimento, Lena D'Água impediu que a sua música apodrecesse nos arquivos («se eu morrer a tempo, talvez os gajos arrisquem uma pequena edição, costuma funcionar») e trouxe-a de volta a quem de direito: todos nós.

É em nome desses "todos nós" que eu digo: obrigado, Lena!

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Videoclip: Deolinda e a boa supresa

sábado, 17 de setembro de 2011

Não sou espectador do Top+, mas ainda bem que tinha a TV ligada às 2 da tarde, pois pude cruzar-me com um vídeo excelente, feito em português.

Trata-se de Um Contra o Outro, single que apresentou o segundo álbum dos Deolinda, Dois Selos e Um Carimbo, editado em 2010.

O realzador Gonçalo Tocha pega no conceito dos jogos de lazer para nos oferecer um belíssimo exercício visual, combinando o tradicional e o contemporâneo, numa Lisboa igual a si mesma: antiga, moderna, apaixonada e apaixonante. Pessoas comuns em cenários do quotidiano convivem com uns Deolinda irresistivelmente castiços e cheios de aprumo - especialmente Ana Bacalhau, vestida de vermelho e airosa, tão airosa como Lisboa.

Fotografia, edição e realização são dignas de aplauso e, claro está, a música.

Bravo, Deolinda!




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Mesa de Mistura | Emissão 17

sexta-feira, 16 de setembro de 2011





Instrumental Intro
Amina Alaoui - Ya 'Adili Billah
Youssou N'Dour - Shukran Bamba
Fairouz - Sa Alouni Annais
GNR - Muçulmania
Heróis do Mar - Sahida
Rachid Taha - Rock El Casbah
Tarkan - Sikidim
Aaliyah - More Than A Woman
50 Cent - Candy Shop
Hayri Dev & Zafer D - Zeybek
Carlos Paredes - Mudar de Vida
Omar Faruk Tekbilek - Shashkin Shelter
Faudel - Eray
Ofra Haza - Im Nin'alu

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A nova Kate Bush, dia 21 de Novembro

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Foi anunciado há 2 horas na sua página oficial do Facebook: o novo álbum de originais de Kate Bush chega às lojas no próximo dia 21 de Novembro.

A mesma notícia revela-nos não só a data, mas também o título do álbum e das faixas que o compõem, assim como a capa.

Seis anos depois de Aerial, 50 Words For Snow assinala o regresso de Kate Bush à criação de novos temas. Segundo o seu site oficial, o novo álbum foi gravado durante a produção de Director's Cut, álbum de reinterpretações de temas antigos, lançado em Maio último.

50 Words For Snow será composto por sete novas canções, que se desenrolarão ao longo de 65 minutos, "contra um cenário de neve a cair". Eis os seus títulos:

Snowflake
Lake Tahoe
Misty
Wildman
Snowed In a Wheeler Street
50 Words For Snow
Among Angels

E tudo indica que será esta a capa:


A expectativa tornou-se oficial.

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Parabéns Freddie, boa Google!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ícone absoluto da música dos nossos tempos, Freddie Mercury celebraria ontem, dia 5 de Setembro, o seu 65º aniversário.

Poucos foram os cibernautas (e por consequência, quem ligou a televisão ou a rádio) que ficaram sem saber desta notícia: para assinalar a efeméride, e dando continuidade ao que já se pode chamar de "tradição", a Google foi um pouco mais além e criou algo espantoso.

Durante o dia de ontem, todos nós tivemos oportunidade de, por 1 minuto e 39 segundos, abandonar a nossa rotina e sentir "that kind of magic" que só Freddie conseguia criar. Tudo graças à animação brilhante que esteve disponível na página de entrada do site e que aqui deixamos para a posteridade.




A par da animação da Google, o aniversário de Freddie foi celebrado com uma gala de angariação de fundos para a Mercury Phoenix Trust (organização de luta contra o HIV/Sida, criada em nome de Freddie, pelos colegas Brian May e Roger Taylor e pelo manager Jim Beach), realizada ontem à noite no hotel The Savoy, em Londres, tendo reunido família, amigos e celebridades de todo o mundo.

Também ontem chegaram às lojas as últimas reedições da discografia dos Queen (The Works, A Kind of Magic, The Miracle, Innuendo e Made in Heaven), bem como o 3º volume da compilação Deep Cuts e a versão aumentada e remasterizada em DVD daquele que ficou para a história como um dos mais carismáticos e importantes concertos dos Queen: Live At Wembley Stadium. A versão comemorativa do 25º aniversário do concerto traz um duplo DVD com os dois concertos (um dos quais nunca editados), imagens inéditas de ensaios e entrevistas e ainda a versão áudio em CD.

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Waving a pirate flag

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

«You know, its ironic that just at the point the lawyers and the businessmen had calculated how to control music, the internet comes along and fucks everything up.

Björk gives the finger again, this time waving it into the air.
God bless the internet, she adds.

And what about you, then?
I'll still be there, waving a pirate flag

Björk: seditious superstar, por Valur Gunnarsson/Reykjavik Grapevine


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Mesa de Mistura | Emissão 16

terça-feira, 30 de agosto de 2011






Nelly - Hot In Herre
Kylie Minogue - Slow
Justin Timberlake - Sexyback
Dannii Minogue - Creep
Prince - Darling Nikki
Kings of Leon - Sex on Fire
Siouxsie And The Banshees - Obsession
Madonna - Erotica
Britney Spears - Gimme More
Duran Duran - All She Wants Is
Donna Summer - Love To Love You Baby
Barry White - I'm Gonna Make You Love Me Baby
George Michael - I Want Your Sex
Madonna - Justify My Love
Serge Gainsbourg - Je T'Aime (Moi Non Plus)

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5 x 45 = Jazz

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Cinco Minutos de Jazz: 45 Anos
V.A. (coord. José Duarte)
2011
Tugaland
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Quarenta e cinco vezes cinco minutos de jazz, é o que nos oferece a compilação Cinco Minutos de Jazz: 45 Anos, que chega até nós para celebrar o programa de maior longevidade na Rádio portuguesa - «mais do que sessenta por cento da minha idade cronológica», contabiliza o seu mentor, João Duarte.

Três CDs que fazem jus não só ao programa, como (a meu ver) à própria essência do jazz: livre e fora da ordem. O alinhamento escapa às típicas arrumações "por data" ou "por estilo", para nos oferecer uma deliciosa miscelânea de cores e sabores: do melancólico ao exuberante, do clássico ao contemporâneo, do swing orelhudo ao experimental mais difícil, de Nova Orleães a Nova Iorque, de Nina Simone a Miles Davis.

Uma escolha ideal, tanto para connaisseurs como para curiosos, não estivesse a selecção e coordenação musical da colectânea a cargo do embaixador absoluto do jazz em Portugal - isso mesmo: José Duarte.

A qualidade vai para lá do conteúdo: editado pela Tugaland, Cinco Minutos... é brindado com a ilustração de André Carrilho (capa), a fotografia de Augusto Brázio e o design de Maria João Ribeiro (Bloodymary Design), traduzindo de forma certeira o espírito daquilo que se ouve: simples e estupidamente cool.

Obrigatório, para quem gosta de boa música.

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Cinco Minutos de Jazz

«Olha lá, ó Zé! E se fizesses cinco minutos de jazz na rádio?»

Tudo começou assim: uma noite de farra, um desafio lançado por João Martins (radialista fundamental na história da rádio em Portugal, já desaparecido) ao seu amigo José Duarte.

O desafio foi aceite e a 21 de Fevereiro de 1966, a Rádio Renascença transmitia a primeira emissão de Cinco Minutos de Jazz. Com esta, José Duarte inaugurava a sua longa jornada de alfabetização, num Portugal que, também aqui, se perdia na absoluta ignorância. «O país reagiu muito mal aos Cinco Minutos de Jazz, nos anos 60. Tenho no meu acervo cartas sem assinatura, cobardes, a ofenderem-me, a chamarem-me racista e amante de pretos e de pretas e de batuques. Tudo por causa de cinco minutos apenas, de música de herança africana, negra. Mas o programa tornou-se muito popular, pela riqueza e a estranheza da música.»

Hoje, Cinco Minutos de Jazz é o programa diário mais antigo da Rádio portuguesa e um marco incontornável na divulgação do jazz em Portugal - de todos os estilos e todas as épocas, do jazz de New Orleans ao swing dos anos 30, do bebop dos 40 e hard bop dos 50 ao free jazz. Tudo isto, numa fórmula que é já um clássico. «O João dizia que cinco minutos era o tempo ideal, não cedeu. E parece que tinha razão», afirma José Duarte. «Faço um comentário, deixo no ar uma opinião e os ouvintes querem voltar no dia seguinte, querem mais.»

Cinco minutos que continuam a ser ouvidos de Segunda a Sexta, na Antena 1, às 21:55 e 03:55.

Fonte: Diário de Notícias

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Red Hot Chili Terminator

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Anthony Kiedis para a Q Magazine, Set. 2011

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Sem palavras. Com razão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Foi desta forma que o New Musical Express reagiu à morte de Amy Winehouse.
A edição saiu a 26/07. Quatro dias depois do seu desaparecimento.


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Última Hora

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os GusGus acabam de anunciar na sua página do Facebook: Lisboa fará parte da sua digressão, a iniciar muito em breve. O dia: 28 de Outubro.

Já tenho novo concerto!

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O poder visual da música // O Verão islandês

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Há músicas com um poder tão visual, que a sua audição e compreensão induzem a mente a criar cenários, atmosferas ou até mesmo... um videoclip inteiro.

É o que acontece quando ouço Arabian Horse, o álbum que assinala o regresso dos GusGus - e que será devidamente apreciado num futuro post. Faixas como Arabian Horse, Over ou Magnified Love sugerem paisagens áridas sob um Sol ao meio-dia, quebradas com a poeira levantada pelas batidas tonantes e por movimentos em câmara lenta.

Eis senão quando, sou surpreendido há instantes com a estreia mundial do novíssimo videocilp do (agora) quinteto islandês, que assinala o seu regresso a este formato.

Over é um exercício brilhante de justiça às sugestões que a música provoca. Sensações tácteis (o calor do Sol que bate a pique), contemplativas (as planícies habitadas por imagens em slow motion), estéticas (do guarda-roupa ao face-painting) e emocionais (as performances cativantes de Daniel Ágúst Haraldsson e Urður "Earth" Hákonardóttir) fazem de Over um vídeo digno de reconhecimento, como um dos mais sofisticados e avant-garde de 2011.

Nove dias depois da estreia do vídeo Crystalline de Björk, é a vez dos GusGus confirmarem as suspeitas: este ano, o Verão pertence à Islândia!




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Mesa de Mistura | Emissão 15









Out Hud - It's For You
Jessica 6 - Prisoner of Love
Penguin Prison - A Funny Thing
Human League - (Keep Feeling) Fascination
Pet Shop Boys with Dusty Springfield - What Have I Done To Deserve This
Prince with Sheena Easton - U Got The Look
Né Ladeiras - Tu e Eu
Roisin Murphy - Sow Into You
Basement Jaxx - Raindrops
Motorcitysoul - Deliver Me
Gus Gus - David
Gus Gus - Over

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