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Hercules & Love Affair: desenterrando as raízes do House

domingo, 30 de janeiro de 2011

Parece ser a nova tendência da música de dança, neste início de década. Depois do Disco dos 70 e das correntes old school dos 80, DJs e produtores viram-se agora para os anos 90, no estilo que melhor definiu os primeiros anos: o House, na sua vertente inicial.

Um dos bons exemplos disso é My House, novo single dos Hercules & Love Affair, a antecipar o lançamento do novo álbum, Blue Songs. Depois de um affair (não resisti ao trocadilho) explícito com a música Disco no álbum de estreia, adivinha-se agora uma nova direcção na sonoridade do grupo nova-iorquino. Estamos prestes a sabê-lo: Blue Songs será lançado já amanhã.

Entretanto, deleitemo-nos com o delicioso sabor vintage do novo vídeo, dirigido por Price James. De repente, fico com vontade de rever as minhas velhas cassetes de VHS...

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Lições de História em vias de extinção

domingo, 23 de janeiro de 2011


As lojas de discos - agora uma espécie em via de extinção - sempre foram museus. São, certamente, os únicos espaços comerciais cujo stock é uma verdadeira lição de História.
Johnny Morgan e Ben Wardle, The Art of the LP (Sterling Publishing, 2010)

E por isso mesmo, fico triste com a notícia avançada pela BBC News, no passado dia 5 de Janeiro, anunciando o fecho de 60 lojas da cadeia britânica HMV, a decorrer ao longo deste ano.

A razão não será difícil de adivinhar: o grupo registou um declínio de 10% nas vendas de Natal, nomeadamente em CDs e DVDs.

Na era do download, são colocados grandes desafios aos retalhistas, que agora se confrontam com o derradeiro processo de selecção natural: só os mais ágeis e inteligentes - fala-se aqui de marketing e da capacidade de converter uma ameaça numa oportunidade - poderão mesmo sobreviver.

Caso contrário, em poucos anos, deixaremos de ter acesso a tão importantes lições de História da cultura universal.

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Deep House com corpo emocional

domingo, 16 de janeiro de 2011

Kissing Strangers
Phonique
Junho 2010
Dessous Recordings
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Vou directo ao assunto: este é um dos melhores álbuns de deep house que alguma vez ouvi.

Lançado em Junho de 2010, Kissing Strangers é o terceiro longo-formato assinado pelo produtor alemão Michael Vater - ou antes, Phonique.

Formado na escola do house berlinense dos anos 90, Phonique conta já com 15 anos de carreira como produtor e DJ, sendo um dos mais aclamados do momento. Esta experiência sente-se, ao ouvir o seu álbum mais recente.

Kissing Strangers é um exemplo perfeito de como a música house não se resume apenas aos loops de batidas e sintetizadores que, durante as últimas duas décadas, têm aliciado o mundo a "espantar os espíritos" na pista de dança. A estes ingredientes, Phonique acrescenta as emoções que nos movem - e que nos distinguem da máquina, aqui convertida em instrumento.

Ao longo de quinze faixas, é-nos mostrado como os ritmos dançantes podem, também eles, espelhar estados de alma: do puro hedonismo ao enamoramento, do amor que arrebata à solidão inquietante de uma pós-ruptura.

Tudo isto é moldado por um sentido de sofisticação e inovação que só encontram nos circuitos mais distantes do mainstream. Este álbum é a prova irrefutável de como o deep house está agora num novo nível - até a capa parece confirmá-lo.

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Videoclip | "Miracle Goodnight", David Bowie

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


Um dos artistas mais completos que o mundo já conheceu, David Bowie é música e imagem. Sound and Vision.

Depois de um interregno de 5 anos, Bowie regressava com o álbum Black Tie White Noise (1993) e declarava o início de uma nova era, abraçando o que de mais inovador se fazia na época - no som e na imagem, claro está.

A sua atenção voltava a dirigir-se para o videoclip, enquanto veículo de expressão artística. Depois do emblemático Jump They Say, dirigido por Mark Romanek (um dos grandes génios da videografia dos 90), Bowie interessava-se agora nas linguagens emergentes do mundo da Moda - e que, naqueles tempos, despertavam o fascínio de toda uma geração.


Para o terceiro single do álbum, convidou o fotógrafo Matthew Rolston e criou um vídeo do qual é impossível desviar o olhar. Caleidoscópio de cor e ritmo, Miracle Goodnight é um exercício de estilos (da Pop Art à Old Hollywood), é Bowie como ícone de Moda e Senhor das Imagens, brincando com o espelho, piscando o olho a alter-egos do passado (como o Joker/Pierrot de Ashes to Ashes ou Thin White Duke).

Sobretudo, é o charme. O charme natural e inconfundível de David Bowie.



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Electrónica... e algo mais

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Foi considerado o segundo nome mais promissor de 2011, pelos críticos e figuras da indústria musical britânica. O seu álbum de estreia, com lançamento agendado para Fevereiro, é um dos mais esperados.

Falo de James Blake, cuja visão da música electrónica captou, desde logo, o interesse dos circuitos especializados. Air and Lack Thereof (2009), primeiro dos quatro EPs editados nos últimos dois anos, mereceu a atenção de Gilles Peterson e trouxe o nome de Blake à superfície.

Com os títulos seguintes (The Bells Sketch, CMYK e Klavierwerke), o jovem músico britânico deu seguimento a uma identidade sonora que logo se fez reconhecer pelo forte carácter experimentalista, o uso do sampling e algo bastante invulgar no género: o silêncio.

Até que, em Novembro de 2010, foi anunciada a estreia em longo formato. Como single de apresentação, o surpreendente Limit To Your Love (versão do original de Feist), que se faz acompanhar por um vídeo simplesmente belíssimo, da autoria de Martin de Thurah.

A expectativa está explicada.



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