Novo nome, nova morada, a mesma intenção
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
O Casa, Bateria e Baixo mudou de morada, tem novo nome e novo rosto, mas mantém-se a intenção.
Obrigado a todos os que visitaram este cantinho, agora remodelado no Reverb.
O Casa, Bateria e Baixo mudou de morada, tem novo nome e novo rosto, mas mantém-se a intenção.
Obrigado a todos os que visitaram este cantinho, agora remodelado no Reverb.
Todos os anos, ao terceiro Sábado de Abril, centenas de lojas de discos independentes reúnem-se por todo o mundo, para mostrar que a música vai para além dos ipods e das grandes superfícies comerciais. Mais uma vez, Portugal esteve incluído no cartaz das celebrações do Record Store Day, que se assinalou na semana passada. Estivemos na Flur, onde a música e o carinho dos seus apreciadores fizeram esquecer um dia de céu cinzento.
O desastre foi de tal maneira determinante que Rodrigo nunca mais se esqueceu da data: 31 de Dezembro de 2008. O dia em que, no seu quarto, tropeçou num emaranhado de fios, viu o computador voar em direcção ao chão e, como se não bastasse, pisou o rato. "Sem querer, liguei o 'beat grid' e assustei-me. Comecei a ouvir um som estranho e descontrolado... mas espectacular." Nessa altura, o jovem de 15 anos já fazia experiências de música no seu quarto, por puro gosto. O acidente gerou uma curiosidade ainda maior. Começou a ouvir mais música, a estar mais atento, a frequentar lojas de discos. Uma delas foi a Flur, em Lisboa. Destino de eleição para os amantes da música electrónica e de dança, logo se tornou na sua loja favorita. A razão é simples: "Tem música que não se encontra em mais lado nenhum. É uma loja única."
Quando esteve presente no primeiro Record Store Day em que a Flur participou (em 2009), Rodrigo nem sequer sonhava que o seu nome viesse a fazer parte da programação do mesmo evento, três anos mais tarde. Agora com 18 anos e um brilho nos olhos, mostra-se incrédulo: "É surreal. Não sei o que se está a passar aqui." Com o título S/P, o EP de estreia de Rodrigo Cotrim foi um dos lançamentos exclusivos da Flur no Record Store Day 2012, que decorreu no Sábado, dia 21 de Abril.
Pelo quarto ano consecutivo, o espaço de Santa Apolónia juntou-se às centenas de lojas de discos independentes que, por todo o mundo, celebraram a arte da música. Efectivamente, quem entrou na Flur nesse dia, percebeu que este foi um Sábado atípico: mais pessoas a circular, discos a preços especiais, uma equipa de reportagem da RTP, lançamentos exclusivos (a par do EP de Rodrigo Cotrim, destacou-se a compilação Lisbon Bass) e um programa de concertos.
Quando fazemos as coisas com paixão, a magia acontece. Na semana passada, fui tocado por esta lei universal, com um acontecimento que, noutra altura da minha vida, acharia inconcebível.
Resumindo a história, aceitei um desafio, trabalhei intensivamente durante 6 dias, criei um set de música e enviei-o àquela que sempre foi - e sempre será - a minha rádio de eleição. Dias depois, recebi a notícia: "vamos transmitir este Sábado". Pulei de alegria, como um puto de 6 anos.
Na meia-noite de Sábado, dia 21 de Abril (que, por coincidência, foi o Record Store Day), tive a honra de ouvir o meu trabalho transmitido na Oxigénio, no programa Last Night A DJ Saved My Life.
Foi feito com paixão. E a magia aconteceu.
Obrigado, Oxigénio.
O melhor press release que vi nos últimos tempos: uma foto tirada a um pedaço de papel, escrito à mão por uma caneta púrpura. Circulou na internet, na passada 5ª feira (8 de Março).
A letra é de Fiona Apple, que anuncia assim o seu tão esperado regresso, com uma frase apenas:
The idler wheel is wiser than the driver of the screw and whipping chords will serve you more than ropes will ever do.
Nada mais que o título do (tão pacientemente esperado) novo álbum que, segundo a Pitchfork, verá a luz do dia em Junho. A mesma publicação apresentará Apple daqui a dois dias no festival South By Southwest (em Austin, Texas), num showcase que fará a estreia das novas canções.
Olhando para a frase manuscrita, é inevitável desconfiar - e desejar - o verdadeiro sucessor de When The Pawn...

Já fazem música há um e dois anos, respectivamente. Mas tal como a árvore que cai na floresta, têm aquele gostinho a brand new. São, por isso, as minhas primeiras grandes descobertas deste ano.
Um é australiano e move-se nos terrenos da Electronica e do Future Beat, arados sob o calor da Soul. Outro é britânico e produz algo ainda difícil de definir - há quem lhe chame Dark Wave e Dubstep, há quem o meta nas "caixinhas" do Shoegaze e do Experimental.
Os nomes: Chet Faker e King Krule.

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