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Mesa de Mistura | Emissão 7

quarta-feira, 27 de abril de 2011


Emissão especial, dedicada à FMI.
Finest Music Intervention.




Um agradecimento especial a Joana Frada, pela brilhante ideia para o título.

T. Rex - Children of The Revolution
Prince - Sign O' The Times
Madonna - American Life
The Temptations - Ball Of Confusion
The Clash - London Calling
Lena D'Água e a Banda Atlântida - Nuclear Não, Obrigado
Peter Gabriel - Games Without Frontiers
PJ Harvey - The Words That Maketh Murder
Stevie Wonder - You Haven't Done Nothin'
George Michael - Shoot The Dog
Tracy Chapman - Talkin' 'Bout a Revolution
Billie Holiday - Strange Fruit
Björk - Declare Independence
Hair - Aquarius
Marvin Gaye - What's Going On
John Lennon - Imagine

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Record Store Day Lx: o balanço

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sem dúvida, um dia diferente de tantos outros que passam por nós. No Sábado, o Sol primaveril abraçou a menina Lisboa, na rua andou-se de t-shirt e óculos escuros e quatro lojas de discos em Lisboa viveram um clima de festa, na celebração do Record Store Day.

Tive a oportunidade de parar em duas (Flur e Carbono) e saborear ambientes tão especiais. Um entra-e-sai de pessoas, conversas sobre música, dedos a percorrer discos de vinil, olhos a perscrutar contracapas de CDs, exemplares a ser enfiados em sacos ao balcão, máquinas fotográficas em punho, "vamos tomar um café ali ao lado e já voltamos".

Melhor, só mesmo com mais gente. Mas estou seguro de que o Record Store Day não passou despercebido no pulsar da cidade, naquela tarde de Sábado.

Para o ano, há mais. Até lá, continuarão as visitas frequentes, pois então.

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Mesa de Mistura | Emissão 6

quarta-feira, 20 de abril de 2011

... À medida que se afastava de casa, Dorothy era invadida por sensações esquisitas, mas estranhamente agradáveis...

Descubra quais, nesta emissão.




Lamb - Lusty
Gus Gus - Polyesterday
Micro Audio Waves - Down By Flow
Rádio Macau - Era Uma Vez e Não Sei Mais
Groove Armada - Not Forgotten
David Bowie - The Jean Genie
The Who - Tommy (MM medley: 1921 / Eyesight To The Blind / See Me, Feel Me / Listening To You)
Scissor Sisters - Laura
Wizard of Oz - We're Off To See The Wizard
Marianne Faithful - Sex With Strangers
Nelly Furtado - Promiscuous
Lamb - Strong The Root
Radiohead - The Butcher


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Lamb: o regresso ao estúdio... e a Portugal.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

É uma das grandes surpresas de 2011. Sete anos depois de terem anunciado o fim, os Lamb estão de volta!

Louise Rhodes relata-nos o momento que deu novo fôlego ao projecto: No início deste ano [2010], o Andy e eu conversávamos ao telefone, a pôr as conversas em dia. Ele falava-me do quanto sentia falta do que os Lamb tinham sido, um dia (...) e disse-me: "Lou, Dá-me uma boa razão para não fazermos mais um álbum dos Lamb". Não consegui encontrar nenhuma.

Ao fim de 5 meses em estúdio, 5 (nome que alude ao quinto álbum de estudo do duo de Manchester) está prestes a ver a luz do dia. Será a 5 do 5.

As boas notícias não acabam aqui: Lou Rhodes e Andy Barlow preparam-se para apresentar as canções do novo álbum, numa digressão que terá início a 30 de Abril (no Reino Unido) e que em Junho passará por Portugal. Eis as datas:

10 de Junho - Pavilhão do Arade, Lagoa / Portimão
11 de Junho - Grande Auditório do CCB, Lisboa
12 de Junho - Coliseu do Porto

Este é mesmo um grande ano para a música.

Site: LambOfficial.com

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O Casa na LeCool

sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Record Store Day 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

É já este Sábado (16 de Abril) que se comemora o Record Store Day, iniciativa criada em 2007 nos EUA, com o propósito de «celebrar a arte da música».

Numa época em que a música perdeu a sua dimensão física, também ela uma parte importante da experiência (há quanto tempo não pega num CD ou num vinil?), o Record Store Day procura reanimar espaços que caíram no esquecimento e que, outrora, foram verdadeiros santuários no culto da música:
as lojas de discos.

Portugal está no mapa das comemorações deste dia tão especial: 11 lojas independentes, entre Lisboa, Porto, Aveiro e Coimbra, estão associadas ao evento. Eis o programa das festas para o Record Store Day 2011, em terras lusas:

Lisboa

Flur
Uma exposição de capas de discos da colecção de Rui Miguel Abreu e concertos de Tiago Sousa, June, Niagara, Afonso Pais e JP Simões são as propostas da loja de Santa Apolónia. Ao balcão, a atender os clientes, estarão alguns convidados especiais, entre os quais Rui Pregal da Cunha e Rui Vargas. DJs, promoções e lançamentos estão também agendados para este dia.

Louie Louie
A loja da Rua da Trindade será local para o lançamento de Deliverance, o novo disco dos Stealing Orchestra, Deliverance, bem como da reedição remasterizada de Free Pop, álbum de estreia dos Pop dell'Arte. João Peste e restantes membros da banda estarão presentes, para apresentar este projecto de reedição, numa colaboração entre a Ama Romanta e a Louie Louie.

Carbono
Uma dupla comemoração, já que a loja da antiga Portugália, agora Rua do Telhal, irá soprar 18 velas. Cada compra dará direito a uma rifa, que por sua vez trará perguntas de um quiz musical, que por sua vez habilita os clientes a ganhar um de 18 prémios. E quem se apresentar com uma t-shirt da loja, tem direito a 20% de desconto.

Trem Azul
Dois concertos de música improvisada assinalam esta efeméride na loja de jazz à Rua do Alecrim, com os duetos de Luís Lopes (guitarra) e Pedro Sousa (saxofone tenor) e de Rodrigo Pinheiro (piano) e Miguel Mira (violoncelo). Haverá também descontos de 20%.

Porto

Jo Jo's
Uma mão-cheia de concertos, é o que oferece a loja da Cedofeita neste dia. The Glockenwise, The Partisan Seed, Nuno Prata, os Lufa-Lufa, os Long Way to Alaska e os Botswana são os convidados especiais. Ao comando do gira-discos estarão representantes das editoras Lovers & Lollypops e da Lebensstrasse.

Aveiro e Coimbra
A Wah Wah (Aveiro) e a Quebra Orelha (Coimbra) também se vestem de gala para este dia.

Lá fora

A nível internacional, o Record Store Day será assinalado com vários lançamentos especiais, muitos deles em edições em vinil de sete polegadas:

- os Radiohead vão editar um vinil com dois temas inéditos;
- será reeditado um EP-raridade dos Nirvana;
- os Beastie Boys lançam o single Make Some Noise, que antecipa o novo álbum a sair em Maio;
- será editada uma caixa com os primeiros álbuns dos Flaming Lips;
- os Foo Fighters disponibilizarão um álbum de versões;
- os Kings of Leon lançam também um EP.

O evento mais esperado acontecerá em Nashville, nos EUA, no espaço da editora Third Man Records (de Jack White, dos recém-extintos White Stripes): um concerto da lenda do rock n'roll Jerry Lee Lewis. A actuação será gravada directamente para cassete e registada posteriormente em vinil, para finalmente ser editada com o selo da Third Man Records.

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Mesa de Mistura | Emissão 5

quarta-feira, 13 de abril de 2011


Nesta emissão, o Mesa de Mistura aventura-se por lugares ainda não explorados...





Kylie Minogue - Speakerphone
Friendly Fires feat. Azari & III - Stay Here
Róisín Murphy - Unlovable
Shannon - Let The Music Play
Sheila E. - A Love Bizarre
Apollonia 6 - Blue Limousine
David Bowie - I'm Afraid Of Americans (V1 Mix)
Nine Inch Nails - Heresy
The Creatures - Exterminating Angel
Bauhaus - Bela Lugosi's Dead
PJ Harvey - The Glorious Land
Jefferson Airplane - Somebody To Love
The Legendary Tigerman feat. Becky Lee - No Way To Leave On A Sunday Night
Sufjan Stevens - Chicago

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Dos Benefícios Dum Vendido no Reino dos Bonifácios

domingo, 10 de abril de 2011


Dos Benefícios Dum Vendido No Reino Dos Bonifácios
Banda do Casaco
1975
Polygram / Universal

Vade retro Satanás / T'arrenego Belzebu / Ai Jesus, cruzes canhoto / Lagarto, lagarto, lagarto.

Se há expressões que estão cravadas na medula de Portugal, estas contam-se entre as mais antigas. Se há exemplos em que a música resgatou a matéria primordial lusitana para o contexto contemporâneo, a Banda do Casaco é um dos mais interessantes.

Muito estranhamente, o grupo formado em 1973, por António Pinho e Nuno Rodrigues, acabaria por cair no esquecimento, sendo até posto de parte das habituais colectâneas que documentam o boom do pop-rock português (e que, já agora, acabam por ser um triste "mais do mesmo"). Não percebo porquê.

Porque ao ouvir Dos Benefícios Dum Vendido no Reino dos Bonifácios, o álbum de estreia lançado em 1975, sinto-me na presença de uma obra-prima.

Partindo da história de um homem que vende a sua alma ao Diabo, Dos Benefícios... transpõe a figura do Fausto de Goethe para a realidade portuguesa e faz-nos embarcar numa viagem surrealista, com a sátira político-social a servir de pano de fundo.

Neste empreendimento, o grupo solta o imaginário do folclore português e investe-o de modernidade, através de uma impressionante fusão entre música popular, música medieval e rock progressivo. Tudo isto combinado com um jogo de palavras mordaz, inteligente e profundamente poético. Se Gil Vicente vivesse nos anos 70, teria composto algo assim...

Este é um álbum conceptual, como pouco existem no nosso repertório nacional. Só isto seria suficiente, para torná-lo de conhecimento obrigatório. A sua riqueza não se esgota, contudo, na música. Dos Benefícios... é um trabalho de valor etnográfico - pondo a descoberto as raízes de um Portugal remoto no espaço e no tempo - e artístico - as ilustrações da capa, assinadas por Carlos Zíngaro, são hoje uma referência na Banda Desenhada portuguesa, estando expostas na mostra Tinta Nos Nervos, no Museu Colecção Berardo.

Serão necessários mais motivos para (re)descobrir este disco?...


Dos Benefícios... está em destaque na emissão 4 do Mesa de Mistura.

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Mesa de Mistura | Emissão 4

terça-feira, 5 de abril de 2011


Nesta emissão, um manifesto.
Longe de políticas.
Descubram o motivo.
E disfrutem do poder da música.



Imagem roubada à capa de Manifesto (Roxy Music).

Banda do Casaco - Salvé Maravilha
The Gift - Made For You
Discodeine ft. Jarvis Cocker - Synchronize
Beth Ditto - I Wrote The Book
Madonna - Vogue
Charles Wright - Express Yourself
Sly & The Family Stone - Family Affair
Macacos do Chinês - Rolling na Reboleira
Erykah Badu - Window Seat
Visage - The Damned Don't Cry
Depeche Mode - Halo
Banda do Casaco - D'Alma Aviada
Banda do Casaco - A Ladaínha das Comadres
Banda do Casaco - Bonifácios

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A «Lisboa» dos Madredeus

domingo, 3 de abril de 2011


Sempre foi o meu álbum favorito dos Madredeus. Naqueles tempos era caro demais, não pude comprá-lo. Tinha-o gravado numa cassete, que ouvia de olhos fechados, nas noites solitárias no meu quarto.

Os anos passaram, a cassete ficou esquecida num armário. Há dias, andava pela Fnac quando dei de caras com o CD, em promoção. Por breves segundos, regressei a esses tempos. Quis honrá-los e comprei-o.

Sinto-me comovido ao ouvir Lisboa novamente, com a beleza deste som. Tão puro, tão inteiro. Corria o ano de 1991, tocavam no Coliseu de Lisboa, eram icónicos. Eram os Madredeus, na sua forma genuína.

Vinte anos depois, ouço-o na minha casa, numa noite solitária de Sábado. O círculo completa-se.



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Lamento

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Retirado do blog Do Tempo do Vinil:

19 de Novembro, 2007

Nos arquivos da Valentim de Carvalho há relíquias Do Tempo do Vinil: clássicos que nunca viram edição em CD, raridades que ganharam com o tempo estatuto de culto. São esses discos que a colecção Do Tempo do Vinil vai buscar e devolve ao nosso convívio. Em edições digipak que reproduzem fielmente a capa original, com som restaurado para manter vivo o calor do vinil, com depoimentos dos próprios artistas que nos falam do tempo e das circunstâncias em que surgiram estes discos, com temas extra e raridades onde possível.

23 de Dezembro, 2008

A colecção Do Tempo do Vinil encontra-se neste momento suspensa aguardando notícias. Existem neste momento uma série de questões relativas ao futuro da editora iPlay, distribuidora do catálogo das Edições Valentim de Carvalho, sem as quais uma decisão definitiva sobre a colecção não pode ser tomada. Não sabemos neste momento se a iPlay vai continuar activa ou não, se a Valentim de Carvalho vai continuar a ser distribuída pela iPlay ou se vai encontrar uma nova distribuidora, se existe interesse da iPlay ou de uma futura distribuidora da Valentim de Carvalho em continuar a editar a série nesta ou noutra forma... Por este motivo, todas as edições que estavam previstas encontram-se neste momento suspensas por tempo indefinido.

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Manifesto contra o esquecimento

É deprimente. Pertenço a um país onde as grandes editoras de música parecem preocupar-se mais com os números que facturam, do que com a celebração da música propriamente dita. Posto isto, é injusto que o acesso a uma parte tão importante do patrímónio musical do meu país dependa, por questões legais, da vontade destas empresas, que infelizmente detêm os direitos sobre criações de valor ímpar.

Falo do nascimento do pop-rock português. Falo de bandas e intérpretes como Lena D'Água, Quarteto 1111, Banda do Casaco, Manuela Moura Guedes, Tantra, Né Ladeiras, Corpo Diplomático e tantos, tantos outros que, nas décadas de 70 e 80, levaram as águas estagnadas da música portuguesa até rios de correntes vibrantes e inovadoras. Cresci com muitos deles, a eles devo a paixão que hoje sinto pela música.

E não são as compilações ao estilo O Melhor dos Anos 80, sempre com os mesmos temas que já ninguém aguenta, que podem colmatar esta lacuna. Já ouvi o Amor dos Heróis do Mar vezes suficientes. Agora quero ouvir o Macau, álbum lançado em 1986 e que está simplesmente desaparecido. Não aprecio a música do José Cid, mas tenho curiosidade em conhecer o som do Quarteto 1111. Conheço e adoro o Foram Cardos, Foram Prosas da Manuela Moura Guedes, mas agora quero explorar Alibi, o único álbum que ela gravou, em parceria com os GNR.

Este último chegou a fazer parte de uma iniciativa louvável, levada a cabo pelos jornalistas Jorge Mourinha e Miguel Francisco Cadete: a colecção Do Tempo do Vinil, projecto de recuperação do espólio pop-rock da Valentim de Carvalho, das últimas 4 décadas. Corria o ano de 2008. Dez anos antes, a então Polygram Portuguesa anunciava um projecto semelhante de reedições em CD. Por duas vezes, parecíamos ver a luz ao fundo do túnel.

Hoje, tentem procurar qualquer um dos CDs da colecção Do Tempo do Vinil. «Indisponível», dizem as bases de dados. Questões de distribuição, antes era a Som Livre, depois a iPlay, agora não se sabe de nada. A Polygram Portuguesa, por seu turno, foi engolida pela Universal. Pois...

Os discos voltaram à escuridão do arquivo-morto e nós, numa ida à secção de Música Portuguesa da Fnac, só conseguimos encontrar fado, música pimba, bandas sonoras de telenovelas e as novidades que se fazem por aí. Escusado será dizer, nada tenho contra isto. Quanto aos clássicos, só mesmo um punhado.

Não quero recorrer a formas ditas "ilícitas" de acesso a música, tão pouco rezar para que apareça qualquer coisa numa loja de discos em 2ª mão. Quero ter a facilidade de me dirigir a qualquer loja e encontrar coisas produzidas no Portugal de 76 ou de 82. É um direito que me assiste. Tão simples quanto isto.

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