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The Day of Adz

terça-feira, 31 de maio de 2011

A espera terminou. Dentro de 7 horas estarei a partilhar o Coliseu dos Recreios com Sufjan Stevens - que é o mesmo que dizer "A Melhor Coisa Saída dos States Na Última Década".

A julgar pelos desabafos de pessoas que já assistiram aos concertos desta digressão, deixados na sua página do Facebook, prevê-se uma noite inesquecível.

O voo migratório de Sufjan partiu dos Estados Unidos, passou pela Austrália e desenhou uma trajectória até à Europa, com paragens em Bergen, Oslo, Copenhaga, Estocolmo, Varsóvia, Leipzig, Berlim, Paris, Bruxelas, Dublin, Brighton, Londres, Manchester, Eindhoven, Essen, Ferrara, Barcelona e Porto.

Hoje é o dia: Sufjan pousa em Lisboa.

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Caça ao Tesouro

Não podia ser melhor, a minha estreia no universo dos leilões online: com o maxi-single Cherish, de Madonna. Um disco com 22 anos.

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A preparação

domingo, 29 de maio de 2011

Sabe tão bem, quando contamos os dias para um grande concerto. Sabe ainda melhor, quando a contagem descrescente é vivida em clima de "preparação". Nos últimos dias, os headphones e as colunas lá de casa não têm passado outra coisa.

Faltam apenas 2 dias para ver o Sufjan!

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Happy Birthday, Ms. Siouxsie Sioux!

sexta-feira, 27 de maio de 2011


Figura incontornável do rock e tida por muitos como uma das fundadoras dos movimentos post-punk e goth, Siouxsie Sioux celebra hoje 54 anos.

A voz, a teatralidade, a ousadia, o imaginário dark romantic e a estética avant-garde são algumas das características que elevaram Siouxsie ao estatuto de ícone.

O seu nome estará eternamente associado à banda que liderou, os Siouxsie and The Banshees, força-motriz na génese e evolução do rock dito "alternativo".

A força criativa de Siouxsie Sioux não se confinou, contudo, ao exercício dos Banshees. Criou também o side-project The Creatures, para onde canalizou os seus impulsos mais experimentais. Recentemente, lançou o seu primeiro álbum a solo (MantaRay, de 2007), para além de participações pontuais com nomes tão diversos como Morrissey ou - surpreendam-se - os Basement Jaxx.

Natural de Southwark (sudeste de Londres), foi uma adolescente "solitária" e desde cedo sentiu-se atraída pelo glam rock e seus principais embaixadores, entre os quais David Bowie, Marc Bolan e Bryan Ferry. Abandonou os estudos aos 17 e mergulhou numa sub-cultura onde a música, a moda e a gay club scene eram elementos essenciais. Logo se tornou figura conhecida na noite Londrina, graças à sua imagem - era a génese da persona artística, que combinava o glam com elementos fetish e bondage. Em 1975, deixou-se arrebatar por uma banda que conquistava o fascínio de muitos e o pavor de outros: os Sex Pistols. Foi por essa altura que conheceu Steve Severin e, impelida pelo adágio DIY (Do It Yourself), lançou-lhe a proposta: formar uma banda.

And the rest is history...

Parabéns, Siouxsie!


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Em discurso directo na LeCool: Sufjan Stevens

quinta-feira, 26 de maio de 2011


Um rapaz nascido no Michigan e baptizado com um nome da antiga Pérsia só podia dar nisto. Cresceu e fez-se homem dos sete instrumentos, contador de histórias, trovador futurista, compositor sinfónico, mago das electrónicas. Hoje, Sufjan Stevens (pronuncia-se “Sufian”, que é como quem diz "vem com uma espada") pertence àquela classe de estranhos seres a quem chamamos Génios. Despojada ou majestosa, experimental (leia-se “marada”) ou directa ao coração, a sua música faz-nos formular aquele pensamento: ainda bem que existes. De espada em punho, Sufjan vem visitar-nos pela segunda vez. A primeira foi em 2004 e poucos deram por isso. Faltava lançar o magistral Illinois e o assombroso The Age of Adz para, agora, sentirmos o privilégio de ver o rapaz com asas pousar no palco do nosso Coliseu. Ele vem buscar-nos… vamos!

Por: Rui Clemente

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Mesa de Mistura | Emissão 10

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Rapaz com Asas, O Vampiro e O Enamorado.




Sufjan Stevens - Age of Adz
PJ Harvey - The Letter
David Bowie - Jump They Say
U2 - Lemon
Phonique - Plastic Lighthouse
Herbert - So Now
Presence - Better Day
Ofrin - How Come (Phonique and Tigerskin Remix - Radio Edit)
Sufjan Stevens - Enchanting Ghost
Fiona Apple - Oh Sailor
Joe Henry - God Only Knows
Dusty Springfield - The Look Of Love
Annie Lennox - Love Song For A Vampire

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A partilha de Bon Iver

terça-feira, 17 de maio de 2011


Há dias assim, em que somos surpreendidos com um gesto de partilha, directamente da rede global. Junta-se o útil ao agradável, promove-se um álbum e oferece-se um mimo. Isto sim, é bom marketing.

Desta vez, são os Bon Iver a disponibilizar gratuitamente uma das suas novas criações. Calgary antecipa o lançamento do segundo álbum homónimo, anunciado para Junho.

Deixa-nos, também, adivinhar o novo rumo da banda de Justin Vernon. O despojamento de For Emma, Forever Ago (2008) dá lugar a uma maior complexidade e riqueza instrumental.

Segundo Vernon, cada canção de Bon Iver representa um lugar, de Perth a Minnesota, passando por Lisbon (não a nossa, mas a de Ohio).

Enquanto Junho não chega, temos a oportunidade de desfrutar deste belíssimo Calgary (no som e na capa, com uma pintura de Gregory Euclide), disponível para download gratuito.

Thank you, Bon Iver.









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À Mesa com um novo capítulo

Dois meses e nove emissões depois, o Mesa de Mistura entra num novo capítulo.

Digamos que esta foi uma fase de teste - de ideias e conceitos, processos e ritmos de produção, acções e reacções. Terminado o estágio, enquanto «exercício de uma actividade temporária com vista ao seu aperfeiçoamento», é tempo de dar um passo mais à frente, no sentido da consolidação.

Vocês que, desse lado, têm acompanhado esta experiência, merecem não tanto um mais, mas antes um melhor. Infelizmente, o tempo não dá para tudo e para o melhor, precisa-se de mais... tempo.

A Emissão 10 do Mesa de Mistura marca, assim, uma mudança de compasso: do semanal para o quinzenal. A razão está no conhecido slogan: Porque você merece.

Será um prazer estar convosco. Até p'rá semana.

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Ei-la


Chegou ontem às lojas o tão esperado Director's Cut de Kate Bush, que quebra assim um silêncio de 6 anos.

Tenho um grupo restrito de artistas cujos álbuns faço (sempre) questão de comprar no dia do lançamento, como acto solene. Ms. Bush tem lugar cativo nessa lista. Ontem, não resisti a adquirir a Collector's Edition.

Cada minuto de som e poesia estão, as we speak, a ser transplantados para o meu sistema interno, com a devoção que merecem.

A seu tempo, estarei em condições de escrever sobre esta experiência.

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Videoclip | "Bombay", El Guincho

sábado, 14 de maio de 2011

Descobri-o há dias e rapidamente se converteu no meu vídeo-fetiche do momento.

Dirigido por Nicoláz Mendez e com a música do espanhol El Guincho, Bombay desvia-se dos formatos habituais do videoclip, para nos colocar no centro de um invulgar exercício de voyeurismo.

El Guincho incorpora a figura do mítico Carl Sagan e introduz-nos numa viagem que, tal como nos episódios de Cosmos, transpõe a Ciência para tocar na esfera da Filosofia. Quando nos sentimos preparados para a reflexão sobre o Cosmos humano, é nos servido um festim de imagens, no mínimo surpreendente.

Sexo e arte, violência e religião, o amor e o oculto, tudo passa diante dos nossos olhos, numa miríade de polaroids (aparentemente) disconexas, de sabor vintage, carregadas de erotismo, humor, inocência e provocação. A «nave da imaginação» atravessa a galáxia humana e mostra-nos aquilo de que somos feitos: de fantasia e realidade. De liberdade.

Como se não bastasse, à estimulação visual e intelectual junta-se o som contagiante de Bombay. Brilhante.

Haja quem ainda consiga fazer do videoclip uma expressão de Arte.


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Mesa de Mistura | Emissão 9

quarta-feira, 11 de maio de 2011


O resgate da Música Moderna.


Joy Division - Transmission
Siouxsie & The Banshees - Mirage
Bauhaus - Kick In The Eye
Corpo Diplomático - Amor de Guichet
Sufjan Stevens - Too Much
Björk - It's Not Up To You
Grizzly Bear - Fine For Now
TV On The Radio - Second Song
Scarlett Johannson - I Don't Wanna Grow Up
Zola Jesus - Sea Talk
The National - Anyone's Ghost
Corpo Diplomático - A Festa do Bruno
Corpo Diplomático - Férias

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Black Light (Groove Armada, 2010)

domingo, 8 de maio de 2011


Black Light
Groove Armada
Janeiro 2010
Cooking Vinyl
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Foram vários os casos de sucesso, nascidos do boom das novas electrónicas, do trip hop e das abordagens mais vanguardistas da dança, decorrido na segunda metade dos 90. Muitos destes conseguiram sobreviver ao teste do tempo, abrindo caminho para a evolução da club scene do novo milénio. Mas só alguns tiveram a capacidade de se reinventar.

Sempre associei os Groove Armada às pulsações enérgicas de I See You Baby ou Superstylin'. Mas a música deste duo britânico é muito mais que isso. Desde 1996, Andy Cato e Tom Findlay têm construído um catálogo de produções que se destaca pelo uso de ingredientes tão diversos como o funk, a soul, o rock ou o reggae, sobre uma sólida - e bem conhecida - base electrónica.


Contudo, no meio de tanta diversidade estilística, sempre foi possível reconhecer uma espécie de logótipo GA. Até que chegou Black Light.

Lançado em Janeiro de 2010, o mais recente disco dos Groove Armada não só representa uma nova experiência saída do laboratório, como também uma verdadeira transmutação do som que, até à data, moldava o design do tal logótipo.

Black Light recupera o primeiro piscar de olho ao rock no antecessor Soundboy Rock (2007), para assumi-lo como tronco central deste conjunto de 11 faixas. Aqui, a reinvenção faz-se pela invocação de alguns paradigmas dos eighties, de David Bowie aos Fleetwood Mac, de Gary Numan aos New Order e Roxy Music. Nostálgico e de ambiente dark, portanto.

Os Groove Armada não optam, contudo, por embarcar na maré de revivalismos que tomou o mundo de assalto, nos últimos anos. Acima de tudo, a música deste disco vem impregnada de força, coerência e uma espantosa sofisticação.

A quase distorção das guitarras, as baterias, os sintetizadores (modelos dos anos 80, pela primeira vez utilizados pelo duo) e os vocais fazem-nos querer pôr o volume no máximo, rebentar as colunas e dançar até transpirar. Experimentem fazê-lo com Not Forgotten, I Won't Kneel ou o mais conhecido Paper Romance. Depois digam-me qualquer coisa...

Uma das vozes em destaque é a de Mr. Brian Ferry, lenda viva do glam rock. O objecto de homenagem ganha vida e fala-nos em discurso directo, num dos momentos mais cativantes de todo o álbum. Gosto de imaginar Shameless como a música que os Roxy Music fariam em 2010.

Por tudo isto, só posso dizer: directos para a categoria de eterno favorito.

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Mesa de Mistura | Emissão 8

quarta-feira, 4 de maio de 2011


Nostálgico. Contemporâneo. Zen.



Janet Jackson - All Nite
Armand Van Helden - Full Moon
Paula Abdul - Vibeology
Nomad - (I Wanna Give You) Devotion
Ann Consuelo - See The Day (Stonebridge Hyped Up Club Mix)
Crystal Waters - Gipsy Woman (She's Homeless)
Coldfinger - Supafacial
Bent - To Be Loved
Groove Armada - I Won't Kneel
Mr. Scruff - Honeydew
Bebel Gilberto - Tanto Tempo (Peter Kruder Remix)
Tosca - Honey
Ryuichi Sakamoto - Regret

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