Com tecnologia do Blogger.

O nascimento do Trip Hop (II)

sábado, 21 de agosto de 2010

Junho de 1994. Num artigo da revista britânica Mixmag, Andy Pemberton descrevia o single In/Flux de DJ Shadow (1993) como uma combinação de bpms, samples de spoken word, cordas, melodias, ruídos bizarros, um baixo proeminente e batidas lentas, dando ao ouvinte a impressão de estar a experienciar uma trip musical.

E aqui nascia o termo trip hop, designador do movimento nascido em meados dos anos 90, na cidade de Bristol, Inglaterra.
.

DJ Shadow

Fusão será, certamente, um conceito que ajuda a entender a origem do Trip Hop. Raro será o género musical que não derive da fusão ou evolução de géneros anteriores; o Trip Hop conta-se entre os exemplos mais expressivos - e interessantes - de miscigenação sonora, na era Pós-Moderna.

Na alvorada dos 90, enquanto a Europa vivia a euforia do Hip Hop, do House e do Acid Jazz, a cena underground de Bristol manifestava um sentimento de insatisfação face a estas correntes. Certas mentes criativas começaram então a experimentar as novas sonoridades que emergiam da Electronica, misturando-as com batidas Hip Hop, samples de Jazz e vocalizações inspiradas na Soul.


O resultado era algo absolutamente novo: distante da dureza do Hip Hop ou da superficialidade do House, a sonoridade Trip Hop era emocional, instrospectiva, atmosférica, umas vezes dark, outras vezes etérea. Era a resposta musical de uma nova geração que, entre a club scene nocturna e a aridez urbana, procurava uma âncora existencial.

Nomes como Massive Attack (reza a lenda que o álbum Blue Lines, de 1991, foi a primeira manifestação do novo género), Portishead, Tricky, DJ Shadow, U.N.K.L.E. e editoras como a Mo'Wax emergiam no panorama, para dar forma e solidez a um movimento que acabaria por conquistar "imensas minorias" e manter-se vivo, até aos dias de hoje.

Fontes: Wikipedia, AllMusic

0 comentários:

Enviar um comentário

  © Blogger template On The Road by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP