Partilha, alquimia e supernovas
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Uma das coisas mais bonitas que ocorrem nisto de gostar música é o acto da partilha. Quem de nós não chegou até um intérprete, banda ou compositor, através de um amigo, companheiro, familiar ou simples conhecido? O nosso universo musical expande-se e àquela supernova ficará sempre associada a pessoa que a desencadeou - ou não fosse a música uma experiência emocional.
Por outro lado, há as supernovas que acontecem por magia, em actos espontâneos. Não está ali ninguém, apenas nós e a música. Sem darmos conta, dá-se o processo alquímico, que se sente no nosso corpo através de um "É pá, o que é isto?". Aquela força magnética dá lugar à curiosidade de conhecer mais e ao desejo de repetir a sensação. Só não conseguimos explicar porquê. Aliás, os mecanismos que operam neste processo permanecem um mistério. Ou não fosse a música uma experiência espiritual...
Nota: comecei a escrever isto como introdução para o relato do concerto dos Lamb, mas a ideia acabou por ganhar vida própria.
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