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John Maus: O Filho da Synth Pop e a Nova Melancolia

terça-feira, 8 de novembro de 2011

«Ouve John Maus... acho que vais gostar», disse-me o meu novo colega de curso, após as primeiras impressões que começámos a trocar sobre música. Já em casa, bastou ouvir 1 minuto para me sentir imediatamente rendido e perceber que, à minha constelação musical privada, acabava de se juntar uma nova entidade.

A primeira impressão foi a de estar a ouvir Ian Curtis a sair pelas cordas vocais daquele (ainda) estranho e desconhecido personagem, ladeado por uma sinfonia intensa de sintetizadores, tudo aquilo a resultar num som cru, analógico, incrivelmente familiar - eu tinha apenas 3, 4 anos quando a synth pop reinava, na alvorada dos 80.

Embora nostálgico, o som cativou-me, pela forma inteligente como se posiciona na alvorada dos 10. Soa a vintage, mas é brilhante na sua contemporaneidade.

Logo tive de encontrar resposta à pergunta...
Quem é John Maus?


Fiquei a saber que, a par dos estudos em Filosofia e de um doutoramento em Ciência Política, interessou-se por música experimental e performance art, nos tempos de estudante universitário.

Acima de tudo, descobri que nasceu em 1980 (em Austin, Minnesota), o que faz todo o sentido: a synth pop tinha acabado de nascer, também.

Quem sabe, não será essa a explicação para a energia que permeia a música que compõe: melancólica e estilizada, soturna mas com ligeiros pantones pop.

Nada melhor que ler o que diz a própria editora de Maus, Upset The Rhythm:

Born in the decade of synth pop and sharing his birthday with George Frideric Handel, John started making music when Nirvana posters went up on every teenager's wall. It's this curious conflux of influences that partially helps to describe John's music. It's a world where the Germs jam with Jerry Goldsmith, Cabaret Voltaire relocate to Eternia and Josquin des Prez writes a new score for RoboCop. The confrontation of punk, the fleeting poignancy of 80s movie soundtracks, the insistent pulse of Moroder and the spirituality of Medieval and Baroque music all find salvation in John Maus.

Não é de admirar, portanto, uma rendição tão instantânea.


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